Isso ocorre após o tribunal ter decidido a favor de Harry em dezembro passado, condenando o jornal a pagar 140.600 libras em indenização. Esse acordo também inclui outras 115 reportagens sobre as quais a Justiça ainda não havia se pronunciado. Segundo Sherborne, a indenização incluirá o pagamento de todos os gastos judiciais, totalizando 400.000 libras.
O tribunal concluiu que 15 das 33 notícias analisadas foram resultado de pirataria de mensagens de voz do príncipe Harry ou de seu entorno. Além disso, os magistrados constataram que os jornais fizeram escutas telefônicas “longas” de celebridades entre 2006 e 2011, inclusive durante uma investigação pública sobre a conduta da imprensa britânica.
A importância desse acordo é evidenciada pelo fato de que Harry prestou declarações durante oito horas, divididas em dois dias de audiências, em 2023, tornando-se o primeiro membro da família real a comparecer a um tribunal desde Edward VII em 1891.
Ademais, a batalha legal de Harry não se limita apenas à indenização que ele recebeu. O príncipe iniciou uma luta contra vários veículos sensacionalistas, responsabilizando-os pela morte de sua mãe, Diana, em 1997, em um acidente de carro em Paris. Ele afirma que a perseguição incessante dos “paparazzi” contribuiu para o trágico acontecimento.
A vitória de Harry nesse acordo com o Daily Mirror é um marco significativo em sua missão de responsabilizar a mídia por suas práticas invasivas e antiéticas. Esse desfecho pode influenciar outras celebridades a tomarem medidas legais semelhantes contra o sensacionalismo desenfreado na imprensa.
