Corrêa Neto, que estava em missão internacional no Colégio Interamericano de Defesa em Washington desde dezembro de 2022, é um dos quatro investigados pela PF por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito, que tiveram a prisão preventiva decretada na semana passada durante a operação da Tempus Veritatis (hora da verdade). De acordo com as investigações, ele participou da preparação de reunião e seleção de militares formados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos) para atuar na tentativa de golpe de Estado. O militar é apontado como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O coronel é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras em 1997, foi comandante do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado e ocupava cargo de assistente do Comandante Militar do Sul, general Fernando José Sant’ana Soares e Silva, atual chefe do Estado-Maior do Exército.
Ao chegar em Brasília, o investigado teve seu passaporte e telefone celular apreendidos pela Polícia Federal. Aguarda-se mais informações sobre quando o ministro tratará do assunto.
A prisão do coronel é mais um capítulo na crise política que o Brasil enfrenta, com desdobramentos também na Justiça. Esta notícia é uma continuação dos fatos que marcaram a história política do país nos últimos anos, indicando que as instituições estão atentas a eventuais ameaças à democracia e à ordem constitucional. Este novo episódio traz reflexões sobre a situação atual do país e a importância da atuação das autoridades para preservar a democracia e a liberdade.