A história do Cacique de Ramos é marcada por desfiles pelas ruas do centro da cidade e uma transformação que o fez se tornar um bloco de embalo. Com o passar dos anos, o bloco se tornou um fenômeno de multidão, atraindo foliões de várias partes do Rio de Janeiro para seus desfiles. “Nesses 63 anos de história e de levar essa mensagem de alegria, o Cacique não parou de desfilar. Tenho, dentro do meu conceito e do meu trabalho, uma responsabilidade muito grande. Não vamos parar”, afirma Bira Presidente, de 86 anos, um dos personagens marcantes do bloco.
Um dos maiores símbolos do Cacique de Ramos é a figura de um indígena estilizado, referência marcante do Carnaval de rua carioca, criada pelo artista plástico Romeu Vasconcelos. A identidade carnavalesca do bloco, representada na estampa das fantasias, também foi destacada ao longo dos anos. Além disso, o bloco se tornou uma referência musical, com diversos artistas de renome, como Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Xande de Pilares, tendo suas carreiras influenciadas pelo bloco.
Com o compromisso de manter viva a tradição do Carnaval, o Cacique de Ramos tem trabalhado na transmissão de informações sobre sua história por meio de exposições, palestras e shows. Além disso, o bloco oferece aulas de música e percussão para jovens, com o objetivo de preservar a cultura do samba. No entanto, a administração da instituição reconhece as dificuldades em manter um bloco tradicional como o Cacique. Buscando se adaptar às mudanças e garantir a sustentabilidade financeira, o bloco planeja promover eventos culturais e buscar novas fontes de financiamento.
Com planos para os próximos anos, o tema comemorativo do bloco, que celebrará as histórias de amor que tiveram origem no Cacique, promete marcar presença nos desfiles de 2024. São histórias que começaram na instituição e se espalharam pelas mais diversas formas, representando o amor preconizado pelo bloco Cacique de Ramos.