Ativistas ambientais cobrem obra-prima renascentista com imagens de enchentes para protestar contra devastação na Toscana.

Os ativistas ambientais do grupo “Ultima Generazione” realizaram mais um protesto na Itália, desta vez direcionado ao famoso quadro “O Nascimento de Vênus”, pintado por Sandro Botticelli. A obra-prima renascentista, exibida nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, foi coberta com imagens das enchentes que devastaram cidades na Toscana, resultando em oito mortes em novembro passado.

Apesar do ato, a proteção de vidro que resguarda o quadro de Botticelli impediu danos de serem causados à pintura. Os funcionários do principal museu renascentista do mundo intervieram após dois membros do grupo realizarem a ação, obrigando turistas a sair e fechando a sala.

O grupo “Ultima Generazione” têm realizado diversas ações em toda a Itália, incluindo o lançamento de lama no exterior da Basílica de San Marco, em Veneza, e a coloração da água da histórica fonte de Barcaccia, em Roma. Em julho de 2022, manifestantes do mesmo grupo colaram as próprias mãos no vidro que protege outra obra de Botticelli, “A Primavera”, pintada há 540 anos. A polícia retirou um homem e duas mulheres que participaram do ato, e o próprio grupo filmou a ação e compartilhou nas redes sociais.

Essas ações têm gerado polêmica e críticas da sociedade italiana, bem como chamado a atenção das autoridades locais e do governo. As manifestações causam danos à preservação do patrimônio artístico e cultural do país, prejudicando a experiência dos turistas que visitam os locais históricos e destacando a necessidade de medidas mais rigorosas para evitar novas ações desse tipo.

As autoridades italianas têm reforçado a importância da preservação do patrimônio cultural do país e prometem punições severas para os autores desses atos. A comunidade artística, historiadores e a população em geral têm manifestado descontentamento em relação aos protestos realizados pelo grupo “Ultima Generazione”, destacando que há outras maneiras de chamar a atenção para questões ambientais e sociais sem recorrer à depredação do patrimônio cultural. A discussão sobre os limites da liberdade de expressão e do ativismo em relação à preservação da arte e da história italiana está em pauta, e o governo está estudando formas de lidar com essas manifestações e proteger o patrimônio cultural do país.

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