As circunstâncias relacionadas às mortes dos dois suspeitos abatidos pela polícia são tema de investigação pela Polícia Civil. Um dos homens foi atingido por disparos de arma de fogo no momento em que os policiais da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota) faziam patrulhamento no município de Santos. O indivíduo foi socorrido e atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona noroeste, mas não resistiu aos ferimentos. Já o segundo caso, que aconteceu no mesmo local no sábado (10), denuncia a resistência de um homem à ordem de parada da polícia, que alegou que os agentes averiguavam uma denúncia de transporte de armas e que o suspeito tinha passagens por tentativa de homicídio e associação criminosa.
Todas as circunstâncias desses episódios serão apuradas, declara a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota oficial após os eventos. Além disso, relatos de moradores de bairros periféricos na Baixada Santista indicam a ocorrência de execuções, tortura e abordagens violentas por parte dos policiais militares contra a população local e egressos do sistema prisional. Esses testemunhos foram colhidos por uma comitiva composta pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, Defensoria Pública e parlamentares. Tais alegações alarmaram a sociedade e colocaram em evidência um forte estado de alarme no território periférico.
A SSP informa que, desde o início do ano, registraram-se seis mortes de policiais em todo o estado, sendo quatro PMs ativos e um inativo, além de um policial civil em serviço. Já o terceiro policial foi morto na Baixada Santista no dia 7. A Operação Escudo, iniciada após a morte do soldado Patrick Bastos Reis em 2023, é cobrada a dar resultados positivos que preservem vidas. A operação foi marcada por grande quantidade de mortes decorrentes de ações policiais, o que levanta a reflexão sobre a abordagem adotada pelas autoridades em situações dessa natureza.
