Acusação polêmica: Exército de Israel acusa jornalista da Al Jazeera de ser membro do Hamas em Gaza.

O Exército de Israel acusou, nesta quarta-feira (14), um jornalista da Al Jazeera, ferido em um ataque israelense em Gaza, de ser um integrante do Hamas e de ter se filmado em um kibutz atacado em 7 de outubro.

De acordo com o comunicado oficial divulgado pelo Exército, Ismail Abu Omar é o comandante adjunto de uma companhia no Batalhão do Leste do Hamas, em Khan Yunis. O jornalista teria se filmado no kibutz Nir Oz durante o massacre de 7 de outubro e publicou o vídeo nas redes sociais. Vale ressaltar que o kibutz de Nir Oz, localizado perto da Faixa de Gaza, foi o local de um dos piores massacres naquele dia.

Por sua vez, a emissora catari Al Jazeera afirmou que o correspondente Ismail Abu Omar e o cinegrafista Ahmed Matar ficaram feridos na terça-feira em um bombardeio no setor de Rafah, cidade localizada no sul da Faixa de Gaza e que abriga 1,4 milhão de palestinos. A emissora tem sido gravemente impactada pela guerra em Gaza, tendo já registrado a morte de outros dois jornalistas em um bombardeio no início de janeiro.

Além disso, o Exército israelense havia afirmado que os dois jornalistas mortos em janeiro manejavam drones que representavam uma ameaça para as tropas israelenses, denominando-os como “agentes terroristas”. No entanto, essa afirmação foi veementemente rejeitada por suas famílias e pela emissora televisiva.

De acordo com a ONG Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos 85 jornalistas e profissionais de mídia, a grande maioria palestinos, perderam a vida desde o início do conflito entre Israel e Hamas. A situação na região continua tensa, com ambos os lados trocando acusações e a população palestina sendo duramente afetada pelos confrontos.

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