Na terça-feira, Wall Street teve uma queda acentuada após a publicação de dados de inflação nos Estados Unidos que, embora tenham mostrado uma moderação no aumento de preços, não atenderam às expectativas do mercado. Muitos operadores ficaram com a ideia de que o IPC caiu e que os cortes nas taxas de juros de referência pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) continuam na mesa para este ano, embora sejam menores do que o esperado. Também “concluíram que a economia continua em boa forma”, destacou Jack Ablin.
Os investidores voltaram a apostar nos valores tecnológicos, que têm impulsionado Wall Street há mais de um ano. Líder deste movimento, o fabricante de chips Nvidia voltou a subir, ultrapassando Amazon e Alphabet em valor de mercado, tornando-se a terceira maior empresa de Wall Street e a quarta do mundo, com uma capitalização de mercado de US$ 1,825 trilhão (R$ 9 trilhões). Sua receita anual deve representar um décimo da da Amazon. Seus resultados serão conhecidos na próxima semana.
Assim como a Nvidia (+2,46%), outras empresas de tecnologia subiram, como Meta (+2,86%), Tesla (+2,55%), AMD (+4,17%) ou Netflix (+4,47%). Além disso, alguns valores conhecidos como “defensivos”, menos sensíveis à conjuntura, perderam terreno, especialmente no Dow Jones. Walmart (-0,37%), Johnson & Johnson (-0,47%) ou Procter & Gamble (-0,41%) caíram. A plataforma de mobilidade urbana Lyft subiu mais de 35% depois de publicar resultados melhores do que o esperado na terça-feira após o fechamento, e anunciar que espera ter lucro pela primeira vez em 2024.
A Uber também subiu (14,73%) após anunciar seu primeiro programa de recompra de ações, no valor de US$ 7 bilhões (R$ 34,8 bilhões). Portanto, o mercado de ações americano segue otimista após a recuperação da queda causada pelos dados de inflação na terça-feira, agora com os investidores apostando nos valores tecnológicos e empresas como Lyft e Uber mostrando resultados positivos e expectativas favoráveis para o futuro.