Enviado especial da ONU insta Conselho de Segurança a pôr fim à perigosa escalada de violência no Iêmen devastado pela guerra.

O Conselheiro de Segurança Hans Grundberg, enviado especial da ONU para o Iêmen, fez um apelo nesta quarta-feira (14) para que haja um fim à “perigosa escalada de violência” neste país que tem sido devastado por quase 10 anos de guerra. Especificamente, ele destacou os recentes ataques dos rebeldes huthis no Mar Vermelho como pontos de preocupação.

Os rebeldes iemenitas têm atacado dezenas de navios que transitam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden, uma região crucial para o comércio mundial. Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam alvos dessa milícia no Iêmen, que controla parte do território.

Grundberg lamentou que, apesar das medidas tomadas em dezembro para estabelecer um novo cessar-fogo entre os rebeldes huthis e o governo do Iêmen, o caminho para a paz ainda contém muitos obstáculos. Ele informou o Conselho de Segurança sobre a situação do país e alertou sobre a escalada de violência.

O enviado especial da ONU destacou a necessidade de uma “desescalada regional”, pedindo que as partes beligerantes no Iêmen cessem as provocações públicas e se abstenham de oportunismos militares no país. Ele ressaltou que, apesar das garantias de todas as partes de que preferem o caminho da paz, há sinais preocupantes em várias linhas de frente e um aumento de ameaças públicas para retomar os combates.

Desde 2014, o Iêmen tem sido palco de uma guerra civil entre o governo, apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, que controlam partes do território, incluindo a capital, Sanaa. O conflito resultou em centenas de milhares de mortes e causou uma das piores crises humanitárias do mundo.

Segundo a ONU, a taxa de desnutrição no país está entre as mais altas já registradas, e 17,6 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda em 2024. A situação no Iêmen continua sendo uma das maiores preocupações para a comunidade internacional, que busca maneiras de resolver essa crise humanitária e alcançar a paz no país devastado pela guerra.

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