De acordo com informações apuradas pela ABC News, duas fontes familiarizadas com as deliberações no Capitólio disseram que a inteligência tem a ver com o projeto nuclear espacial da Rússia. No entanto, a ideia não seria disparar um míssil nuclear da órbita para a Terra, mas sim atingir satélites que estão na órbita baixa do planeta.
Embora essa potencial ameaça não seja direta aos cidadãos norte-americanos, os congressistas insistiram que o assunto ainda “é muito preocupante e muito sensível”. O presidente da Câmara, Mike Johnson, enfatizou que “vamos trabalhar juntos para resolver este assunto, como fazemos com todos os assuntos sensíveis que são confidenciais”.
A mensagem pública que deu início ao debate sobre armas nucleares no espaço surpreendeu o governo dos Estados Unidos. O parlamentar republicano, de Ohio, foi direto ao pedir que o presidente Joe Biden torne públicas informações relativas ao assunto, afirmando: “Peço ao Presidente Biden que torne públicas todas as informações relacionadas com esta ameaça para que o Congresso, a Administração e os nossos aliados possam discutir abertamente as ações necessárias para responder”.
Já na quarta à noite, autoridades norte-americanas disseram ao New York Times que a arma nuclear espacial russa ainda não teria sido lançada, e ainda estava em desenvolvimento. Funcionários da Casa Branca disseram que avaliaram a ameaça como “séria”, mas acreditavam que havia maneiras de “contê-la” sem provocar pânico em massa.
Por fim, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou em coletiva de imprensa que já havia agendado uma reunião confidencial com a liderança do Congresso antes do pedido público de Turner. No entanto, ele se recusou a fornecer mais detalhes sobre o assunto, além de dizer que “os americanos entendem que há uma série de ameaças e desafios no mundo com os quais lidamos todos os dias”, como o terrorismo.