Entrega de 800 aeronaves consolida Airbus como maior fabricante de aviões comerciais e desafia concorrente Boeing.

A Airbus fará a entrega de cerca de 800 aeronaves neste ano, consagrando-se como a maior fabricante de aviões comerciais do mundo. O anúncio feito pela empresa nesta quinta-feira foi marcado por uma série de revezes enfrentados por sua principal concorrente, a Boeing, que se viu forçada a abortar planos de expansão, após um incidente com um 737 Max 9 em janeiro.

No ano passado, a Airbus entregou 735 aviões, superando as expectativas. O número de encomendas alcançou um recorde de 2.094, impulsionado pela forte demanda, especialmente de países emergentes, como a Índia. Com isso, a carteira da Airbus chegou a 8.598 unidades ao final de 2023.

Comparativamente, a Boeing entregou 528 aviões no ano passado, também registrando um recorde de encomendas (1.576), embora em quantidade inferior à sua concorrente europeia.

A Airbus registrou um lucro de € 5,8 bilhões (ou US$ 6,2 bilhões) em 2023, pouco mais que no ano anterior. A companhia anunciou ainda o pagamento de dividendos extras, após alcançar a marca de € 10 bilhões em caixa. O lucro foi impactado por uma baixa contábil na divisão aeroespacial, mas é nos jatos comerciais que a empresa está ampliando sua vantagem sobre as rivais.

A Airbus planeja elevar a produção mensal de A320neo, principal concorrente dos 737 Max, para 75 unidades até 2026. Enquanto isso, a Boeing pretendia expandir a fabricação do modelo 737 Max para 50 exemplares mensais por volta de 2025. No entanto, a empresa suspendeu essa previsão, em meio a questionamentos sobre o controle de qualidade das aeronaves.

Essa limitação abriu espaço para que a Airbus avançasse ainda mais em sua liderança. A companhia inaugurou uma nova linha de montagem do A321neo em Toulouse, na França, há alguns meses. O CEO da Airbus, Guillaume Faury, declarou que a empresa redobrará os esforços para manter o crescimento com qualidade, afirmando que “não pode ser quantidade acima de qualidade”. Analistas alertam que a Airbus pode enfrentar gargalos no suprimento de peças, já que problemas na cadeia de fornecedores persistem.

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