Estudo revela que risco de morte por chikungunya persiste após período agudo da doença, aponta The Lancet Infectious Diseases

O risco de morte por chikungunya persiste mesmo após o período agudo da doença, de acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Infectious Diseases. A pesquisa utilizou uma amostra da população brasileira entre 2015 e 2018 e apontou que o risco de óbito continua por até três meses após o início dos sintomas da doença, indo além da fase aguda.

Segundo Thiago Cerqueira, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, a pesquisa buscou evidenciar e quantificar as complicações decorrentes da chikungunya, destacando a importância de um olhar mais atento para os casos da doença. A pesquisa também encontrou um aumento no risco de mortalidade natural, bem como o aumento do risco de morte associado a outras doenças, em até 84 dias após o início dos sintomas.

O estudo também ressaltou a importância de não negligenciar outras doenças transmitidas pelo Aedes, especialmente a chikungunya, que tem registrado um aumento de casos em diversas cidades do país. Embora os números não sejam tão expressivos quanto os da dengue, os casos da doença também vêm crescendo. No estado de São Paulo, por exemplo, houve um aumento de 26% no número de infecções.

A chikungunya é conhecida por causar dores nas articulações, muitas vezes sendo a única condição considerada pelos profissionais de saúde. No entanto, o estudo destacou a necessidade de atenção a possíveis complicações pós-doença, indicando que os riscos persistem mesmo após o período agudo.

Com o objetivo de chamar a atenção para a gravidade da chikungunya e outros desafios relacionados à transmissão pelo Aedes, o estudo contribui para a compreensão mais ampla dos riscos associados à doença e para a elaboração de estratégias de prevenção e controle mais eficazes.

À medida que a pesquisa sobre a chikungunya avança, é fundamental que autoridades de saúde, profissionais e a população estejam atentos aos riscos associados à doença, bem como às medidas preventivas necessárias para conter o avanço da infecção. A conscientização sobre a persistência do risco de morte após a doença reflete a importância de abordagens mais amplas e integradas na gestão da saúde pública.

Portanto, é essencial que haja um comprometimento contínuo e coordenado de todas as esferas da sociedade no combate à chikungunya e outras doenças transmitidas pelo Aedes, a fim de mitigar os impactos negativos à saúde pública.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo