O presidente argumentou que os membros do Conselho de Segurança da ONU devem ser atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra, afirmando que as últimas guerras, como a invasão ao Iraque e à Líbia, não passaram pelo Conselho de Segurança da ONU. Lula também criticou a atuação de Israel no conflito com o grupo palestino Hamas, enfatizando a falta de cumprimento de decisões da ONU por parte dos israelenses.
Durante sua visita ao Egito, Lula também participou de reuniões e assinaturas de atos bilaterais em agricultura e ciência e tecnologia. Ainda está prevista uma agenda na sede da Liga dos Estados Árabes. Além disso, o presidente brasileiro embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, onde participará, como convidado, da Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, nos dias 16 e 17.
O Brasil ocupa a presidência do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, até dezembro deste ano, e uma das prioridades é discutir a atuação das instâncias internacionais. Durante a declaração à imprensa, Lula agradeceu o presidente egípcio pela colaboração na retirada de brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza. Foram quatro missões de repatriação específica com pessoas que estavam no lado palestino do conflito, quando 149 brasileiros e parentes próximos foram resgatados.
O presidente reforçou o comprometimento do Brasil em fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global, enfatizando a necessidade de paz e resolução de conflitos em todas as regiões do mundo. Lula também destacou a importância de uma representação adequada de países emergentes em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU.
A visita do presidente ao Egito é mais um passo do Brasil na promoção de relações bilaterais com países de importância estratégica tanto no Oriente Médio quanto na África. A presença e atuação do Brasil em questões globais, incluindo conflitos políticos e humanitários, reforça o compromisso do país com a paz e estabilidade internacionais.