Ministério da Justiça nomeia ex-diretor de penitenciária federal para interventoria de unidade prisional em Mossoró após fuga de presos.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou nesta quinta-feira (15) a nomeação de Carlos Luis Vieira Pires, ex-diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), como interventor da unidade prisional de segurança máxima de Mossoró (RN). A decisão foi tomada após a fuga de dois presos da penitenciária, ocorrida na quarta-feira (14), que resultou no afastamento do então diretor Humberto Gleydson Fontinele Alencar. Pires, que atua como agente federal de execução penal desde 2006, já havia dirigido a Penitenciária Federal em Catanduvas e também respondia pela coordenação-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília.

A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento marcou o primeiro episódio do gênero no sistema penitenciário federal, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O episódio gerou uma série de ações do ministério, com a revisão de protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais em funcionamento no país (Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho e Brasília).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento de Alencar e a nomeação de Pires como interventor da unidade potiguar, além de enviar seis servidores da pasta para Mossoró a fim de colaborar com as buscas aos fugitivos. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal instauraram inquérito para investigar a fuga e colaboram com as buscas, contando também com reforço policial nas divisas do Rio Grande do Norte com a Paraíba e com o Ceará.

A Interpol também foi acionada e incluiu informações pessoais dos dois fugitivos no Sistema de Difusão Laranja e no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). A ação do ministério vislumbra reforçar a segurança nas penitenciárias federais e garantir que eventos como esses não se repitam, colocando em risco a população e a integridade do sistema prisional federal.

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