Nave espacial americana decola rumo à Lua em missão histórica, buscando realizar alunissagem suave e pousar primeiro robô americano desde as missões Apollo.

A Nasa voltou a fazer história nesta quinta-feira. Uma nave espacial americana decolou do Centro Espacial Kennedy com a missão de pousar na Lua, algo que não acontece desde as missões Apollo, há mais de cinco décadas. A empresa Intuitive Machines é responsável pela missão “IM-1”. A expectativa é que a missão seja um sucesso, o que tornaria a empresa a primeira instituição não governamental a realizar uma alunissagem suave no satélite natural da Terra e pousar em sua superfície o primeiro robô americano desde as missões Apollo.

O módulo de pouso Nova-C, de formato hexagonal e chamado de “Odysseus”, decolou às 1h06 de quinta-feira a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. O lançamento foi adiado por conta de temperaturas anormais detectadas durante a tentativa de abastecimento de combustível do módulo.

Nessa missão, chamada de “IM-1”, há um novo tipo de combustível que tem chamado atenção: um motor de metano líquido e oxigênio super-resfriado. A previsão é que a nave chegue ao ponto de alunissagem, Malapert A, uma cratera de impacto localizada a 300 quilômetros do polo sul lunar, em 22 de fevereiro.

O objetivo final dessa e de missões futuras é uma presença de longo prazo na Lua e coletar gelo para obter água potável e combustível para foguetes no âmbito do programa Artemis. Paralelamente à missão científica, a nave transporta uma carga mais colorida, com um arquivo digital do conhecimento humano e 125 pequenas esculturas da Lua do artista Jeff Koons.

É importante ressaltar que essa é a segunda missão de uma iniciativa da Nasa criada para delegar serviços de carga ao setor privado para cortar custos e estimular uma economia lunar mais ampla. A primeira, da empresa Astrobotic, foi lançada em janeiro, mas fracassou. A alunissagem envolve navegar em um terreno instável e utilizar os propulsores sem a presença de uma atmosfera que suporte paraquedas.

A missão também contribuirá para o ranking de países que conseguiram alunissar, que atualmente conta com a União Soviética, os Estados Unidos, e, mais recentemente, China, Índia e Japão. A expectativa é que, após a alunissagem, as cargas da IM-1 operem por sete dias, antes do início da noite lunar no polo sul, quando Odysseus ficará inoperante.

Essa é, de fato, uma missão histórica, que pode abrir caminhos para um futuro de descobertas e avanços na exploração do espaço. Ao mesmo tempo, também coloca em evidência a crescente importância do setor privado nesta exploração. Um marco na história que merece muita atenção.

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