Essa questão vem ganhando destaque cada vez maior, uma vez que a realização de eleições separadas para diferentes cargos acarreta em altos custos para o poder público, além de desgaste para a população e para os próprios candidatos. A unificação das eleições também é vista como uma forma de dar mais estabilidade para a implementação de políticas públicas, já que os eleitos terão um mandato mais longo para colocar em prática suas propostas.
Alguns especialistas opinam que essa mudança nas eleições traria benefícios para a democracia brasileira, uma vez que reduziria a quantidade de pleitos e, consequentemente, o desgaste político. Além disso, a unificação das eleições poderia acabar com a chamada “campanha permanente”, na qual os políticos estão sempre em busca de votos e apoio, sem de fato se dedicarem à gestão pública.
No entanto, a proposta também gera polêmica, uma vez que há quem acredite que a unificação das eleições poderia dificultar o debate de temas locais, uma vez que eles poderiam ficar em segundo plano diante das discussões nacionais. Além disso, a mudança demandaria uma reorganização do calendário eleitoral e, possivelmente, mudanças na legislação para adequar as regras atuais ao novo modelo.
Diante desse contexto, a discussão em torno da unificação das eleições ganha cada vez mais relevância, e a PEC 19/2020 segue em análise no Senado, aguardando a manifestação de parlamentares e da sociedade civil. A decisão sobre o tema impactará significativamente o cenário político e eleitoral do país, e é importante que seja realizada com amplo debate e consideração dos diversos pontos de vista.