Repórter Recife – PE – Brasil

Artistas e políticos argentinos se solidarizam com Lali Espósito após acusações do presidente Javier Milei.

Nesta sexta-feira (16), diversos artistas e figuras políticas argentinas uniram-se em solidariedade à cantora Lali Espósito, que foi recentemente acusada pelo presidente Javier Milei de se enriquecer “às custas da fome das crianças” devido à sua participação em festivais subsidiados pelo Estado.

Entre as personalidades que manifestaram apoio à cantora estão o produtor e compositor Bizarrap, as cantoras María Becerra, Tini Stoessel, Cazzu, Nicki Nicole e o ex-líder da banda Divididos, Ricardo Mollo. Além disso, membros do partido de direita Proposta Republicana (PRO), que é aliado ao presidente ultraliberal, também demonstraram apoio a Espósito.

Em resposta às acusações, Lali Espósito publicou uma carta nas redes sociais dirigida ao presidente, na qual destacou que embora respeite seu plano de governo, não concorda com a demonização de uma indústria e das pessoas que a compõem. Ela destacou que a assimetria de poder entre ela e quem a ataca, somada às informações falsas, torna o discurso do presidente injusto e violento.

Javier Milei, por sua vez, respondeu afirmando que o problema não é a figura de Espósito, mas sim a “arquitetura cultural desenhada para sustentar o modelo que beneficia os políticos”. O presidente ultraliberal já havia criticado a cantora publicamente várias vezes, especialmente após ela se manifestar sobre sua vitória eleitoral em agosto.

Em uma entrevista à emissora La Nación+, Milei fez um trocadilho com o sobrenome de Espósito e a palavra “depósito” e, nas redes sociais, chegou a afirmar que a cantora usava playback em suas apresentações, além de insinuar que ela não canta de verdade.

Lali Espósito, que começou sua carreira como atriz aos 10 anos, já participou de turnês internacionais com grandes nomes da música pop e já lançou cinco álbuns solo.

O embate entre Lali Espósito e Javier Milei gerou uma onda de solidariedade por parte de diversas personalidades argentinas, dividindo opiniões e colocando em pauta a discussão sobre a relação entre política e cultura, bem como o papel do Estado na promoção de eventos culturais.

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