Essa é apenas uma das várias mortes ou prisões de opositores de Putin. O ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, crítico do presidente na década de 2000, foi assassinado em 2015 com quatro tiros nas costas em uma ponte próxima ao Kremlin, e a jornalista Anna Politkovskaya, que denunciou os crimes do exército russo na Chechênia, foi assassinada em 2006.
Além de assassinatos, o governo de Putin também recorre à prisão para silenciar opositores, como demonstrado pelos casos de Oleg Orlov, Vladimir Kara Murza, Ilia Iachin e Ksenia Fadeieva, que foram condenados e sentenciados a prisões longas por suas denúncias contra o regime russo.
Aqueles que conseguiram escapar da prisão ou da morte também enfrentam o exílio, como o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov e o ex-magnata do petróleo Mikhail Khodorkovsky. O governo de Putin também aumenta a pressão sobre os dissidentes no exílio, como foi o caso do escritor Boris Akunin, exilado desde 2014 em Londres.
Além disso, centenas de ativistas de direitos humanos, opositores e jornalistas foram rotulados como “agentes estrangeiros”, e diversas organizações críticas ao governo, como a ONG Memorial, foram dissolvidas pela justiça russa.
Esses eventos demonstram a forte repressão do governo de Vladimir Putin contra a oposição, tanto dentro como fora da Rússia, e a grave violação dos direitos humanos e da liberdade de expressão no país. A trágica morte de Alexei Navalny é apenas mais um exemplo dessa repressão, que tem gerado como resposta o aumento do número de exilados e a perseguição implacável daqueles que permanecem no país.