O presidente Volodimir Zelensky, participando da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, defendeu a decisão de retirada da cidade de Avdiivka como uma medida necessária para salvar vidas. Ele também destacou o compromisso do Exército ucraniano em continuar a luta em outras linhas de defesa mais favoráveis. Além disso, a situação da Ucrânia é complicada devido à crescente escassez de recursos, especialmente devido ao bloqueio da ajuda militar americana.
O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksander Sirski, justificou a retirada das unidades da cidade, ressaltando o empenho dos soldados ucranianos e os esforços para infligir perdas significativas às tropas russas. Ele também enfatizou a necessidade de salvar vidas diante da falta de armamento e munições.
A cidade de Avdiivka, que se tornou um símbolo da resistência das forças ucranianas, possui uma população civil significativa mesmo em meio à destruição causada pelos combates. A Rússia espera que a tomada da cidade dificulte os bombardeios ucranianos sobre Donetsk, reduto separatista no leste da Ucrânia.
Esta retomada da Rússia representa a sua maior conquista desde a tomada de Bakhmut em 2023, após meses de combates que resultaram em milhares de mortos. No entanto, este avanço é um duro golpe para Zelensky, que está em uma jornada pela Europa em busca de apoio. A vice-presidente americana Kamala Harris também expressou preocupação com a falta de munição e armas para o Exército ucraniano, afirmando que o apoio à Ucrânia não deveria depender de jogos políticos nos Estados Unidos.
Zelensky assinou acordos bilaterais de segurança com a Alemanha e a França, mas a situação na região continua sendo motivo de grande preocupação para a comunidade internacional. Enquanto isso, a Rússia emerge como uma força cada vez mais dominante no conflito com a Ucrânia, representando um desafio relevante não apenas para o país, mas também para a estabilidade geopolítica na região.