Uma das estratégias em estudo envolve o uso de estações disseminadoras de larvicidas, que se tratam de potes pretos com água contendo pó de uma substância que mata as larvas do Aedes aegypti. Tais estações interrompem a multiplicação do mosquito. O biólogo e professor, Rodrigo Gurgel Gonçalves, do Laboratório de Parasitologia Médica e Biologia de Vetores da Faculdade de Medicina da UnB, destaca que o método tem se mostrado eficaz em outras cidades brasileiras. Em São Sebastião, na região administrativa do DF, a estratégia reduziu em 66% a infestação do mosquito.
Outra estratégia em discussão é a borrifação residual intradomiciliar, que consiste na aplicação de inseticida nas paredes por meio de uma bomba, causando a morte dos mosquitos Aedes aegypti. A previsão do plano de ação é monitorar os resultados dessas intervenções. Rodrigo Gurgel Gonçalves prevê que o pico de contaminação de dengue em Brasília ocorrerá nos meses de março e abril.
Além disso, estudos realizados pelos pesquisadores da UnB em 2022 apontaram que a infraestrutura urbana influencia diretamente na incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nas amostragens de mosquito na região da Estrutural, uma das regiões administrativas de Brasília com baixos indicadores sociais, os pesquisadores coletaram cinco vezes mais mosquitos em áreas sem saneamento básico e com alta aglomeração.
Dessa maneira, a pesquisa desenvolvida pela UnB em parceria com a Secretaria de Saúde do DF busca soluções eficazes para reduzir a incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e promover a melhoria das condições de saúde da população do Distrito Federal.
