Rebeldes huthis do Iêmen reivindicam ataque a petroleiro britânico no Mar Vermelho, gerando tensão entre Estados Unidos e Irã.

Rebeldes iemenitas reivindicam ataque a petroleiro britânico no Mar Vermelho

Os rebeldes huthis do Iêmen afirmaram neste sábado (17) que realizaram um ataque contra um “petroleiro britânico” de bandeira panamenha no Mar Vermelho. O ataque havia sido reportado na sexta-feira por agências de segurança e pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Yahya Saree, porta-voz militar dos rebeldes, informou que as forças navais das forças armadas iemenitas realizaram uma operação com um grande número de mísseis navais contra o petroleiro ‘Pollux’. O ataque gerou uma explosão perto do barco no litoral do Iêmen, próximo à cidade de Moca.

A agência britânica de segurança marítima UKMTO e a empresa especializada em transporte marítimo Ambrey confirmaram a explosão, mas destacaram que o navio e sua tripulação estavam a salvo, embora tenham ocorrido leves danos. O Departamento de Estado americano indicou que um míssil lançado do Iêmen atingiu um “barco de bandeira panamenha que se dirigia à Índia, carregado de petróleo”.

O ataque ao petroleiro é um novo exemplo de ações ilegais contra o transporte marítimo internacional, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA. Em resposta, o país anunciou a imposição de sanções contra os rebeldes.

Os insurgentes, que contam com o apoio do Irã, têm intensificado os ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Áden desde novembro. Isso tem forçado muitas transportadoras a evitarem essa rota marítima crucial. Os huthis afirmam que atacam barcos relacionados a Israel em “solidariedade” aos palestinos da Faixa de Gaza, onde Israel trava uma guerra contra o Hamas desde outubro.

Desde janeiro, os rebeldes também realizaram ataques a navios britânicos e americanos em resposta às ações dos dois países contra suas posições. Neste sábado, eles afirmaram que “não hesitarão em realizar e ampliar suas operações militares para defender o Iêmen e expressar [sua] solidariedade ao povo palestino”.

Este anúncio reforça a preocupação com a escalada de conflitos na região e a instabilidade no transporte marítimo internacional, com impactos significativos no comércio global. A comunidade internacional deve acompanhar de perto a situação, buscando soluções diplomáticas para evitar maiores danos.

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