A ajuda militar destinada à Ucrânia está orçada em 60 bilhões de dólares, mas enfrenta bloqueios por motivos relacionados às disputas entre democratas e republicanos no Congresso, além de questões sobre política de imigração ilegal. O presidente Joe Biden defende o pacote de ajuda e o total de 95 bilhões de dólares, que inclui também o financiamento de assistência militar para Israel e Taiwan, parceiro estratégico.
Durante a Conferência de Segurança de Munique, a vice-presidente Kamala Harris, ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, ressaltou a importância da ajuda americana e criticou os jogos políticos que envolvem a aprovação dos fundos. Avdiivka representa um dos avanços mais significativos da Rússia desde a conquista de Bakhmut em maio de 2023. Meses de combates intensos resultaram em milhares de mortes e, mesmo resistindo em inferioridade numérica e material, as tropas ucranianas não conseguiram conter as investidas russas.
Diante da decisão de retirar as tropas de Avdiivka, o presidente Zelensky afirmou que foi uma medida para “salvar as vidas” de seus soldados. A situação é, sem dúvida, uma demonstração do impacto da inação dos legisladores americanos, que não aprovam um pacote de ajuda militar para a Ucrânia. A retirada de Avdiivka tornou-se um ponto crítico e reflete a urgência na necessidade de apoio a Kiev em meio ao avanço das tropas russas.
A ajuda militar é considerada vital não apenas para a segurança da Ucrânia, mas também para manter o equilíbrio geopolítico na região. Portanto, a demora na aprovação dos fundos representa um grande obstáculo que pode resultar em impactos graves para a Ucrânia e para a estabilidade na Europa Oriental.