Repórter Recife – PE – Brasil

Ruanda é acusada pelo Exército da República Democrática do Congo de organizar ataque com drones no aeroporto de Goma.

Hoje, o Exército da República Democrática do Congo acusou a vizinha Ruanda de ter organizado um “ataque com drones” durante a noite contra o aeroporto de Goma, na província oriental de Kivu do Norte, uma região assolada por combates entre os militares e rebeldes do M23.

O Exército congoles também afirmou que os drones “tinham como alvo aviões das Forças Armadas da RD Congo”. No entanto, segundo o porta-voz do Exército em Kivu do Norte, tenente-coronel Guillaume Ndjike, “os aviões das FARDC não foram atingidos”, mas aeronaves civis sofreram danos.

Apesar da acusação, fontes de segurança e do governo informaram que o bombardeio ocorreu, mas não tinham informações sobre os possíveis danos ou sobre a origem dos artefatos explosivos. Uma fonte de segurança, em condição de anonimato, afirmou que “duas bombas” explodiram no aeroporto, sem causar danos.

Durante a noite, moradores da região e um correspondente da AFP ouviram duas fortes explosões no local. Desde o final de 2021, a província de Kivu do Norte tem sido palco de violentos conflitos entre o Exército congolês, grupos armados e empresas militares estrangeiras, e o M23, que tem o suposto apoio de unidades do Exército de Ruanda.

Em dois anos, a província tem enfrentado uma rebelião que se apossou de grandes extensões de terra, uma vez que faz fronteira com Ruanda e Uganda. A situação na região é explosiva e realça a tensão entre os dois países. O Exército da RD Congo tem se mostrado hostil em relação ao suposto apoio militar que Ruanda tem concedido aos rebeldes locais.

As tensões são alarmantes e representam uma crescente ameaça para as relações entre os dois países. Os recentes acontecimentos só agravam a situação já precária na região e exigem ações diplomáticas urgentes para evitar mais conflitos e instabilidade.

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