Ataque do exército israelense no sul de Gaza busca “aniquilar” o Hamas e reduz esperanças de trégua.

Há quatro meses, Israel está envolvido em um conflito sangrento com o Hamas, mas a ofensiva militar do Exército de Israel ganhou um novo fôlego neste domingo (18). A meta é “aniquilar” o grupo militante palestino.

As tropas de Israel anunciaram que pretendem invadir a localidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, com o apoio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A ofensiva já deixou pelo menos 10 mortos na última noite.

Segundo a agência oficial palestina Wafa, os bombardeios atingiram outras áreas de Gaza, incluindo a cidade central de Deir al Balah. O saldo até agora é de 1.160 mortos, em sua maioria civis, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Por outro lado, o governo do Hamas, que governa Gaza desde 2007, informou que houve 28.985 mortes, a maioria de mulheres e menores de idade, devido à ofensiva de Israel. A situação em Rafah está se tornando ainda mais crítica, com um possível êxodo de palestinos para o Egito.

Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deu a entender que não deseja nenhuma trégua. Netanyahu enfatizou que uma operação de combate em Rafah seria uma questão de vitória ou derrota, conforme apontou no sábado (17).

Esforços diplomáticos para garantir uma trégua e acabar com o conflito têm esbarrado em inúmeras dificuldades. O Catar, mediador do conflito ao lado dos Estados Unidos e do Egito, admitiu que as negociações para uma trégua não foram animadoras.

Em meio a tudo isso, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, causou polêmica ao comparar as ações israelenses na Faixa de Gaza à campanha de Adolf Hitler para exterminar os judeus. O primeiro-ministro de Israel, por sua vez, classificou os comentários de Lula como “vergonhosos e graves” e convocou o embaixador do Brasil em Israel.

Enquanto isso, a situação na Cisjordânia ocupada alimenta uma escalada da violência, e o alto representante para a política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que as tensões nessa região são um obstáculo para a paz.

Com a escalada recente do conflito, a comunidade internacional tem pressionado por um cessar-fogo imediato. Os Estados Unidos têm ameaçado bloquear uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU na próxima semana, enquanto a Argélia busca um cessar-fogo imediato por meio de um projeto de resolução da ONU.

Apesar das negociações e da pressão internacional, a violência continua a se espalhar na região, com o conflito também se intensificando na Cisjordânia ocupada. Há temores de uma total escalada regional do conflito, então a diplomacia segue buscando uma solução para o impasse sangrento entre israelenses e palestinos.

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