Porteiro morto em Boa Viagem é homenageado por sindicato e terá família indenizada pelo Edifício Monte Pascoal

A morte do porteiro José Washington de Santana, vítima de homicídio no exercício da profissão na última sexta-feira (16), em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, causou comoção na categoria e motivou o Sindicato dos Trabalhadores em Condomínios (Sieec) a realizar um protesto nesta segunda-feira (19), a partir das 7h, em frente ao edifício Edifício Monte Pascoal, na rua Tenente João Cícero.

O porteiro foi alvejado por um major da reserva dos oficiais médicos da Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com o presidente do Sieec, Rinaldo Júnior, a mobilização desta segunda vai servir como uma homenagem ao trabalhador e marcará a luta da categoria. “A categoria toda está em choque e motivada para continuar na luta. Para mostrar que não somos invisíveis e pedir melhores condições de trabalho. A ideia do nosso ato vai ser fazer uma homenagem ao trabalhador que foi morto. Também vamos chamar atenção da sociedade. Os porteiros sofrem muitos casos de agressão verbais ou físicas e esse caso foi o ápice que resultou na morte”, afirmou ele, que também é vereador do Recife.

Além do protesto, o sindicato planeja entrar com uma ação contra o Edifício Monte Pascoal pedindo uma indenização para a família de José Washington. As ações do sindicato não vão parar por aí. Rinaldo Júnior é autor da Lei Municipal Nº 19.041, de 2023, que indica que todas as novas guaritas construídas no Recife sejam climatizadas, blindadas e tenham banheiros. O sindicato deve lutar para que a lei atinja as construções que já existiam antes desse regulamento. “Amanhã (nesta segunda) vamos na Câmara Municipal para protocolar um aumento da abrangência da lei e, na terça-feira (19), vamos na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) para tentar tornar a lei estadual”, completou Rinaldo.

Segundo relatos de testemunhas próximas, o médico aposentado agrediu a esposa e, quando vizinhos pediram para o porteiro ligar para a polícia, o militar desceu para a portaria e disparou contra o trabalhador, numa curta distância, com ao menos três tiros. Posteriormente, o médico aposentado tirou a própria vida após fazer a esposa de refém, juntamente com a filha, que foram liberadas por intermédio da ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A Polícia Civil de Pernambuco informou que o autor dos disparos contra o porteiro tirou a própria vida e o caso foi registrado como homicídio consumado.

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