Navalny, líder da oposição na Rússia, estava cumprindo uma sentença de 19 anos em uma prisão russa, após sobreviver a um envenenamento em 2020 que ele acusou o Kremlin de ter cometido. Sua morte foi anunciada na sexta-feira, levantando suspeitas de que as autoridades russas estariam envolvidas no ocorrido.
Os países ocidentais apontaram unanimemente a culpa das autoridades russas pela morte de Navalny. A França também pediu que o embaixador russo fosse convocado em Paris para prestar esclarecimentos. As palavras do ministro das Relações Exteriores da Holanda, Hanke Bruins Slot, exemplificam a cobrança por justiça: “Pedimos encarecidamente à Rússia que liberte o corpo de Navalny para sua família e parentes”.
A morte de Navalny e as acusações feitas contra o Kremlin lançaram uma sombra sobre as próximas eleições presidenciais na Rússia, que devem aumentar o controle de Vladimir Putin no poder. Vários países pediram esclarecimentos sobre o ocorrido e propuseram a consideração de um novo regime de sanções visando à repressão interna na Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, sugeriu que a União Europeia considerasse essa possibilidade. Ele convocou o embaixador russo e reforçou o pedido de esclarecimentos sobre a morte de Navalny.
Em suma, a morte de Alexei Navalny desencadeou uma série de reações diplomáticas dos países europeus, que buscam esclarecimentos sobre o ocorrido e consideram tomar medidas punitivas contra a Rússia. A situação é tensa e a repercussão do evento deve continuar sendo monitorada nos próximos dias.