A declaração foi feita nesta segunda-feira (19) pelo responsável pelos presos da Autoridade Palestina, Qadura Fares. Segundo ele, Barghouti foi transferido de penitenciária três vezes em dois meses. A situação gerou preocupação pelo fato de que seus advogados não podem mais visitá-lo, levantando a preocupação de que sua vida possa estar em perigo.
De acordo com o grupo de defesa de prisioneiros palestinos, Barghouti tem sido alvo de “repetidos traslados em celas de isolamento”, além de supostas torturas e ataques. As ações foram descritas como parte de uma “campanha de repressão contra todos os presos palestinos, especialmente os líderes”. Essa repressão teria iniciado após um ataque do Hamas em território israelense no início de outubro, que resultou na detenção de cerca de 4.000 pessoas.
Itamar Ben Gvir, ministro israelense de Segurança Nacional, celebrou a transferência de Barghouti para a prisão de Ofer, alegando que isso foi devido a uma “agitação” prevista e destacando que “acabou-se o tempo em que os terroristas dirigiam as prisões”. Ativistas palestinos, por sua vez, ressaltaram que as medidas de isolamento tomadas contra Barghouti não comprometerão sua luta pela “inevitável liberdade e autodeterminação” do povo palestino.
A situação também levanta preocupações sobre a maneira como Israel tem lidado com os presos políticos palestinos, contribuindo para um ambiente de tensão e incerteza na região. A questão das condições dos prisioneiros palestinos continua sendo uma das pautas centrais do conflito entre Israel e Palestina, alimentando disputas políticas e sociais que se estendem por décadas.
Dessa forma, a situação de Marwan Barghouti, em meio ao isolamento nas prisões israelenses, reflete um cenário de instabilidade e conflito que persiste na região, com reflexos tanto na esfera política quanto humanitária. A incerteza em torno da vida e condições de Barghouti é mais um episódio que evidencia os desafios e tensões presentes no conflito entre Israel e Palestina.
