Inflação cresce no Brasil em janeiro e atinge classes de renda mais baixa, indica Ipea

A inflação sofrida pelas famílias de baixa renda tem sido mais pressionada pela alta nos preços dos alimentos em janeiro, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Por outro lado, as famílias com renda mais alta sentiram um alívio nos bolsos com a queda nas tarifas aéreas. As informações foram divulgadas pelo Ipea nesta segunda-feira (19).

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revela que a inflação subiu 0,66% em janeiro para a faixa de renda muito baixa, em comparação com um aumento de 0,61% em dezembro. No grupo de renda alta, houve desaceleração, passando de um aumento de 0,62% em dezembro para 0,04% em janeiro.

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Segundo Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, a alta nos preços dos alimentos refletiu nas maiores taxas de inflação para as faixas de renda muito baixa e baixa, sobretudo nos cereais, tubérculos, frutas e óleos e gorduras.

No entanto, para as famílias de renda alta, houve uma queda acentuada nos preços das passagens aéreas. Além disso, as tarifas de transporte por aplicativo também caíram, aliviando a pressão inflacionária.

Os dados indicam que, em janeiro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,67% na faixa de renda alta e de 3,47% na faixa de renda muito baixa. Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE e usado pelo Ipea para calcular a inflação por faixa de renda, desacelerou de 0,56% em dezembro para 0,42% em janeiro. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,51% em janeiro.

A divisão da inflação por faixas de renda pelo Ipea considera seis grupos, que vão desde famílias com renda inferior a R$ 2.105,99 por mês até famílias com renda superior a R$ 21.059,92.

Os resultados do Ipea revelam um quadro inflacionário desigual entre as diferentes faixas de renda, com as famílias de baixa renda sendo mais duramente pressionadas pelos preços dos alimentos, enquanto as famílias de renda mais alta sentem um alívio por conta da queda nas tarifas aéreas. Essa disparidade sugere a necessidade de políticas e programas sociais mais efetivos para proteger o poder de compra das famílias mais vulneráveis.

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