Senador questiona investimento em armamento e propõe direcionar recursos para combate à fome e educação.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) fez um discurso contundente no Plenário nesta segunda-feira (19), abordando a questão da política armamentista. Ele expressou sua preocupação com os altos investimentos na indústria de armas e questionou a necessidade das guerras em um momento em que o mundo enfrenta desafios tão profundos, como a fome, a pobreza e a degradação do meio ambiente.

Segundo o senador, pesquisas recentes apontaram que os gastos militares no ano passado chegaram a US$ 2,3 trilhões, o que equivale a cerca de R$ 10,9 trilhões. Ele ressaltou que o Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de investimentos militares, tendo destinado R$ 24,2 bilhões para esse fim. Confúcio Moura classificou esses números como um exemplo de “militarização da economia”, destacando que o país poderia estar utilizando esses recursos para finalidades mais nobres e urgentes.

O senador enfatizou a importância de redirecionar os investimentos militares para ações voltadas à redução da pobreza global, à valorização da educação e à preservação do meio ambiente. Ele citou o exemplo da Costa Rica, que aboliu seu exército em 1948 e direcionou os recursos anteriormente destinados à defesa para o benefício da população, com foco na educação, preservação ambiental e combate à pobreza.

Ao elogiar a postura adotada pela Costa Rica, Confúcio Moura destacou a importância de investir em iniciativas de paz e na busca por soluções para os desafios sociais e ambientais. Ele ressaltou que a guerra é uma “imbecilidade humana” e defendeu que é preciso priorizar ações que combatam a fome e a ignorância, em vez de continuar destinando vastos recursos para o setor armamentista.

Diante das críticas, o senador propôs uma reflexão sobre a necessidade de repensar as prioridades dos investimentos públicos e buscar alternativas que promovam o desenvolvimento humano e a preservação do planeta. O discurso de Confúcio Moura chamou atenção para a urgência de se repensar a política armamentista em um mundo que enfrenta desafios cada vez mais complexos e urgentes. As palavras do senador ressoaram no Plenário, provocando debates e reflexões sobre o tema.

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