Ameaças de guerra entre Ruanda e República Democrática do Congo aumentam as tensões, alertam os Estados Unidos durante reunião na ONU

Tensões aumentam entre Ruanda e República Democrática do Congo

O governo dos Estados Unidos fez um alerta na última terça-feira (20) para que Ruanda e República Democrática do Congo afastem-se da guerra, em meio a tensões crescentes entre os dois países vizinhos.

Segundo o governo congolês, a ONU e países do ocidente, Ruanda estaria apoiando um grupo rebelde ativo na região leste do Congo, com o objetivo de controlar vastos recursos minerais da região. As acusações, no entanto, são negadas pelo governo ruandês.

Após relativa calma, intensos combates voltaram a ocorrer nos arredores da cidade de Goma, capital da província congolesa de Kivu do Norte, em janeiro deste ano.

Robert Wood, enviado americano na ONU, foi enfático ao afirmar que “as partes em conflito e os atores regionais deveriam retomar imediatamente os processos [de paz] de Nairóbi e Ruanda: os esforços diplomáticos, e não o conflito militar, são o único caminho para uma solução negociada e uma paz sustentável”, em uma reunião de emergência sobre a República Democrática do Congo.

O grupo rebelde M23, que estava inativo há anos, retomou as armas no final de 2021 e conseguiu capturar amplas áreas na província de Kivu do Norte. Desde então, a cidade de Goma, situada entre o lago Kivu e a fronteira com Ruanda, está praticamente isolada do interior do país.

O Exército congolês conta com o apoio de diversos grupos armados locais, de duas empresas militares privadas estrangeiras e da presença de forças de paz da ONU e de tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

O aumento das tensões na região preocupa a comunidade internacional, que teme por uma escalada do conflito. A situação merece atenção e esforços de negociação, que constituem o caminho mais adequado para uma solução pacífica e duradoura.

Além do temor de uma escalada do conflito, preocupações com a segurança e bem-estar das populações locais e com os impactos ambientais da guerra também têm sido levantadas. É necessário um esforço conjunto e multilateral para evitar que a situação atual se agrave e para garantir a paz e a estabilidade na região.

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