A cidade de Rafah é lar de 1,4 milhão de palestinos, que vivem em abrigos e barracas de campanha. De acordo com Avril, Rafah é o último reduto de serviços de saúde e assistência humanitária para a população de Gaza, e um ataque à cidade seria devastador, cortando o sustento de pessoas que já perderam tudo, menos a vida.
Jeremy Konyndyk, presidente da Refugees International, complementou o alerta, afirmando que os ataques israelenses tornaram difícil para os grupos humanitários operarem com segurança dentro de Gaza. Ele também ressaltou que existe um risco crescente de fome na região, especialmente no norte, onde as pessoas já estão à beira da fome. Konyndyk prevê que a falta de acesso humanitário em larga escala poderia levar à fome, resultado direto da guerra e da negação persistente e intencional do acesso humanitário por parte do governo israelense.
O presidente da Refugees International ainda destacou a dificuldade de evacuar a população de Rafah com segurança, enfatizando a importância de um cessar-fogo para evitar mais mortes e sofrimento em Gaza. Ele compartilhou um testemunho de uma médica em Rafah, que escreveu os nomes de seus filhos em seus braços e pernas para identificá-los facilmente em caso de morte durante um bombardeio.
Os relatos chocantes e preocupantes dos líderes humanitários colocam um foco crítico na situação em Gaza e na urgência de ações para evitar uma tragédia ainda maior. Como a situação humanitária é precária e se agrava a cada dia, a necessidade de um cessar-fogo e de acesso humanitário é essencial para conter essa crise. Enquanto a guerra persistir, os palestinos em Rafah e em toda a Faixa de Gaza continuarão enfrentando a ameaça iminente de fome e de mais sofrimento.