Repórter Recife – PE – Brasil

Projeto de lei permite que policial militar ou bombeiro ferido em serviço escolha entre inatividade e reinserção na função.

Hoje, a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou uma proposta que pode impactar positivamente a vida dos policiais militares e bombeiros militares. O projeto de lei (PL) 5.070/2023, relatado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), prevê que os profissionais gravemente feridos em serviço tenham a opção de escolher entre ir para a inatividade ou ser reinseridos na função.

De acordo com o senador Kajuru, a legislação atual não contempla esse direito, e permitir que os policiais feridos continuem exercendo suas funções pode ser uma medida eficiente para a administração pública. Ele ressalta que isso atende ao critério da eficiência, beneficiando tanto a sociedade como o próprio policial com deficiência.

Caso o projeto se torne lei, o militar estadual que optar por continuar trabalhando deverá passar por uma avaliação profissional e ser alocado em atividades compatíveis com suas capacidades. Para viabilizar essa mudança, o texto propõe alterações no Decreto-lei 667, de 1969, que regia as polícias militares e os bombeiros.

É importante destacar que o projeto original, de autoria do senador Flávio Arns (PSB-PR), abrangia apenas os policiais militares. No entanto, durante a reunião da comissão, Kajuru apresentou uma emenda para incluir os bombeiros militares, e a proposta foi acatada pelos parlamentares.

Entretanto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) levantou questionamentos sobre os possíveis impactos que o projeto pode ter na chamada “reforma” militar, que é a forma de inatividade em que o militar é dispensado definitivamente dos serviços, mas continua a receber remuneração. Ele expressou preocupação com a possibilidade de que os policiais feridos, mesmo sem condições de atuar nas ruas, possam optar por continuar na ativa, enfraquecendo o instituto da reforma.

Além disso, os senadores aprovaram um requerimento do senador Sergio Moro (União-PR) para a realização de um debate secreto sobre a fuga de dois presidiários do estabelecimento de segurança máxima em Mossoró (RN). A audiência pública, que ocorrerá de forma reservada, também abordará outras possíveis fragilidades do sistema penitenciário federal, visando evitar a publicidade das vulnerabilidades dos presídios.

Com a aprovação desta proposta na Comissão de Segurança Pública, o texto segue agora para decisão final na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e a expectativa é de que o projeto possa trazer benefícios significativos para os profissionais da segurança pública.

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