Em uma visita a uma fábrica de aviação, Putin enfatizou o papel central do arsenal nuclear russo em sua defesa. Além disso, ele anunciou o desenvolvimento de novas armas, incluindo o Poseidon, um torpedo nuclear não tripulado projetado para atravessar o Pacífico e atingir a Costa Oeste dos Estados Unidos. O presidente russo ainda comentou sobre o bombardeiro estratégico Tu-160M, capaz de transportar até 20 armas nucleares e alcançar os EUA.
Uma possível arma nuclear em órbita seria uma novidade para os arsenais, já que ela não seria projetada para atingir locais na Terra, mas sim satélites e construções. No entanto, autoridades americanas não demonstram ter muita confiança em sua própria análise sobre as intenções de Putin. Segundo elas, a Rússia testou um sistema desse tipo no início de 2022, mas demorou algum tempo para determinarem se era um ensaio para posicionamento de uma arma nuclear em órbita.
A preocupação dos Estados Unidos é alta a ponto de o secretário de Estado, Antony Blinken, ter alertado autoridades chinesas e indianas sobre as consequências de uma detonação de arma nuclear em órbita. No entanto, Sergei Shoigu garante que a Rússia não está violando o tratado de 1967 e não possui armas nucleares no espaço.
A análise americana sobre as intenções da Rússia têm sido cercadas de dúvidas, mas a preocupação com a evolução dos armamentos russos é perceptível. Neste sentido, os Estados Unidos buscam utilizar sua influência com outros países para evitar que possíveis armas nucleares sejam implantadas. Enquanto isso, o diálogo entre os EUA e a Rússia sobre estabilidade estratégica foi interrompido após a invasão da Ucrânia e nunca foi retomado. Este cenário coloca em evidência a tensão ocorrente entre os países e a incerteza quanto aos rumos do armamento nuclear no espaço.