Agências de inteligência alertam para possível lançamento de arma nuclear pela Rússia em órbita ainda este ano.

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos têm transmitido uma série de briefings para seus aliados e apontado que a Rússia pode estar planejando lançar uma arma nuclear em órbita ainda este ano. Vladimir Putin refutou as alegações, e seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que as acusações fazem parte de um esforço para obter aprovação de mais ajuda para a Ucrânia. O líder russo sustenta que seu país sempre foi contra a militarização do espaço, respeitando o Tratado do Espaço Sideral de 1967.

Em uma visita a uma fábrica de aviação, Putin enfatizou o papel central do arsenal nuclear russo em sua defesa. Além disso, ele anunciou o desenvolvimento de novas armas, incluindo o Poseidon, um torpedo nuclear não tripulado projetado para atravessar o Pacífico e atingir a Costa Oeste dos Estados Unidos. O presidente russo ainda comentou sobre o bombardeiro estratégico Tu-160M, capaz de transportar até 20 armas nucleares e alcançar os EUA.

Uma possível arma nuclear em órbita seria uma novidade para os arsenais, já que ela não seria projetada para atingir locais na Terra, mas sim satélites e construções. No entanto, autoridades americanas não demonstram ter muita confiança em sua própria análise sobre as intenções de Putin. Segundo elas, a Rússia testou um sistema desse tipo no início de 2022, mas demorou algum tempo para determinarem se era um ensaio para posicionamento de uma arma nuclear em órbita.

A preocupação dos Estados Unidos é alta a ponto de o secretário de Estado, Antony Blinken, ter alertado autoridades chinesas e indianas sobre as consequências de uma detonação de arma nuclear em órbita. No entanto, Sergei Shoigu garante que a Rússia não está violando o tratado de 1967 e não possui armas nucleares no espaço.

A análise americana sobre as intenções da Rússia têm sido cercadas de dúvidas, mas a preocupação com a evolução dos armamentos russos é perceptível. Neste sentido, os Estados Unidos buscam utilizar sua influência com outros países para evitar que possíveis armas nucleares sejam implantadas. Enquanto isso, o diálogo entre os EUA e a Rússia sobre estabilidade estratégica foi interrompido após a invasão da Ucrânia e nunca foi retomado. Este cenário coloca em evidência a tensão ocorrente entre os países e a incerteza quanto aos rumos do armamento nuclear no espaço.

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