Brasil assume presidência do G20 e busca destaque com agenda de combate à fome, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) fez um pronunciamento nesta quarta-feira (21) sobre a reunião entre os ministros das Relações Exteriores dos países do G20, que está acontecendo no Rio de Janeiro. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, e é responsável por cerca de 85% do produto interno bruto (PIB) mundial e 75% do comércio internacional.

O parlamentar ressaltou que o encontro, chamado de Trilha de Sherpas, é uma das vertentes de coordenação do grupo, que começa a discutir os pontos principais da agenda de cúpula prevista para o fim do ano. Além disso, Kajuru afirmou que na semana que vem acontecerá a Trilha de Finanças, que trata de assuntos macroeconômicos e reunirá ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais das maiores economias do mundo, em São Paulo, sob a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O objetivo do Brasil ao assumir a presidência rotativa do G20 é dar visibilidade a três pontos: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global. As discussões se desenvolverão ao longo de 2024, com 130 reuniões, espalhadas por 14 capitais das cinco regiões brasileiras, uma descentralização inovadora que pode contribuir para fomentar o turismo e atrair investimentos para várias das principais cidades do país. Tudo culminará na Cúpula do G20, a reunião dos chefes de Estado do grupo, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Kajuru acredita que o Brasil pode colher muitos frutos em consequência da ocupação da presidência do G20 pelo período de um ano. Ele também ressaltou que o Itamaraty já anunciou uma nova reunião de chanceleres do G20 para setembro, em paralelo à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O encontro em setembro vai debater especificamente a reforma da governança global, inclusive da própria Organização das Nações Unidas, uma reivindicação do Brasil que tem angariado apoio de vários países. O tema, aliás, já começará a ser discutido na segunda sessão do encontro ministerial do Rio de Janeiro.

Essa estratégia tem o potencial de projetar o Brasil como um protagonista global no cenário econômico e político, gerando oportunidades de investimento e fortalecendo sua posição de liderança. A presidência do G20 representa uma oportunidade única para o país influenciar as discussões e as decisões sobre temas relevantes para a governança global e o desenvolvimento econômico sustentável.

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