Durante a reunião, que aconteceu de forma online, foi discutido como deve ser o termo de adesão dos países interessados em ingressar nessa aliança global. O Brasil propôs o financiamento de ações contra a fome e a pobreza por países ricos do G20 e por grandes empresários. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou que o presidente Lula coloca o G20 como parceiro destacado, somando-se a outros esforços para alcançar resultados.
Estudos de organismos internacionais mostram que são necessários cerca de US$ 78 bilhões por ano para alcançar o objetivo de reduzir a pobreza mundial até 2030, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU.
A pactuação global para segurança alimentar está baseada em dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis e a implementação consistente de políticas nacionais. As prioridades dos países-membro do G20 foram dadas à alimentação saudável, à importância do apoio, principalmente aos pequenos e médios produtores, e à inovação tecnológica como fator que poderá impactar positivamente na produção de alimentos.
Além do financiamento, o Brasil se comprometeu a transferir conhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para alcançar os resultados pretendidos. O Brasil traz experiência com programas sociais do governo federal como o Bolsa Família e seu impacto contra a fome e a pobreza.
Estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado em 2022 relata que o mundo tem 735 milhões de pessoas na situação de fome. A meta é que esse número chegue o mais próximo possível de zero até 2030.
Até quinta-feira (22), nos três dias da reunião técnica da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento desta aliança global, ainda estão programadas as apresentações de quatro relatórios elaborados pelas organizações internacionais. Os estudos buscam soluções e evidenciam os desafios para o enfrentamento à pobreza e à fome, incluindo a produção sustentável de alimentos, a proteção social, a criação de resiliência e a colaboração internacional mais eficaz.