Vieira destacou a inaceitável paralisia do Conselho de Segurança em relação aos conflitos em curso e afirmou que esse estado de inação resulta em perdas de vidas inocentes. Ele também ressaltou que o Brasil não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar e rejeita a busca de hegemonias, antigas ou novas.
Além disso, o chanceler brasileiro criticou o alto volume de gastos militares atuais em detrimento dos investimentos em desenvolvimento social e meio ambiente. Segundo ele, os gastos militares ultrapassam a marca de US$ 2 trilhões por ano, enquanto os investimentos em programas de ajuda ao desenvolvimento e combate às mudanças climáticas permanecem muito aquém desse valor.
Vieira destacou ainda que o Brasil pretende priorizar questões sociais durante a presidência do G20, que vai até o dia 30 de novembro de 2024, incluindo o combate à fome no mundo. Ele fez um apelo para que os membros do G20 prestem especial atenção e deem apoio às discussões em curso com o objetivo de lançar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
O chanceler brasileiro também convidou os países membros, países convidados e organizações internacionais para que, na Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, em novembro próximo, as vinte maiores economias do mundo possam anunciar uma contribuição efetiva para erradicar a fome no mundo.
Diante das colocações feitas pelo chanceler Mauro Vieira, é evidente a preocupação do Brasil em relação às questões sociais, ambientais e de segurança global. A presença do país na presidência do G20 até 2024 promete ser marcada por debates e ações em busca de soluções para desafios globais.
