CPI da Braskem define senador Rogério Carvalho como relator após impasse e renúncia de Renan Calheiros.

CPI da Braskem tem relator definido após impasse

A CPI da Braskem teve sua primeira reunião nesta quarta-feira (21), com um impasse em torno do nome para a relatoria. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), adiou a reunião para o período da tarde, com o objetivo de conseguir um acordo. Após a reunião, o nome do senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi definido como relator.

O impasse ocorreu devido às pretensões do senador Renan Calheiros (MDB-AL), proponente da CPI, de assumir a relatoria. Renan chegou a ler um discurso renunciando à comissão, alegando que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, havia definido a CPI como uma “CPI humanitária” e que a designação de Rogério Carvalho como relator foi resultado de uma costura política.

De acordo com Renan, a tragédia em Maceió, decorrente do afundamento do solo, não acabou, e os responsáveis não escaparão da Justiça. Ele propôs que, se houvesse um crime socioambiental em Sergipe, um relator do estado teria mais legitimidade para atuar na CPI. Apesar da renúncia, Renan recebeu o respeito do presidente da comissão, que afirmou que a CPI investigará de forma séria a responsabilidade da Braskem.

Renan foi oferecida a vice-presidência da CPI da Braskem, mas não respondeu à oferta. O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou ter “as mãos limpas”, enquanto o senador Dr. Hiran (PP-RR) manifestou apoio à decisão de Omar Aziz em designar Carvalho como relator.

A CPI foi criada para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem no afundamento do solo em Maceió. Terá 11 membros titulares e sete suplentes, com prazo para funcionar até o dia 22 de maio, e um limite de gastos de R$ 120 mil. O relator já apresentará o plano de trabalho na próxima terça-feira (27), e a comissão promete uma investigação minuciosa sobre os efeitos do incidente e a responsabilidade da empresa.

Apesar dos desencontros, a CPI da Braskem segue com seu propósito e promete uma investigação séria e minuciosa sobre o caso do afundamento do solo em Maceió, buscando trazer à luz a responsabilidade da empresa e buscando proporcionar justiça e reparação aos afetados pela tragédia.

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