De acordo com os dados divulgados pelo Imazon, em janeiro de 2024 a área desmatada foi de 79 km², enquanto no mesmo mês de 2023 essa área chegou a 198 km². Apesar disso, a quantidade de mata derrubada ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia, e ainda supera os índices de desmatamento registrados nos anos de 2016, 2017 e 2018.
Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, destacou a importância de o país reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta se quiser alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. Além disso, ela ressaltou que nos anos de 2015 e 2022 foram registradas as maiores quantidades de desmatamento, com 288 km² e 261 km², respectivamente.
O monitoramento por imagens de satélite também apontou os estados que mais desmataram em janeiro, com Roraima liderando o ranking, representando 40% da área desmatada da Amazônia Legal. Apesar disso, a quantidade de mata derrubada no estado foi menor em comparação ao ano anterior, uma queda de 22%.
Outros seis estados da Amazônia Legal registraram queda na destruição da floresta, incluindo Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão. Estes dados são extremamente relevantes para a preservação da floresta amazônica, sendo que a Amazônia Legal compreende nove estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
O monitoramento também identificou que seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro ficam em Roraima, e que Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número de unidades de conservação entre as dez mais desmatadas no mês.
No geral, a redução no desmatamento da floresta amazônica representa um avanço significativo na preservação ambiental, mas destaca a importância de continuar monitorando e tomando medidas para combater essa prática destrutiva.