Sua carreira na vida pública começou em 1966, quando se tornou assessor de Antônio Delfim Neto, na época, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. Seu crescimento foi notório, já que, no ano seguinte, com Delfim sendo nomeado ministro da Fazenda, ele se tornou parte da equipe de assessores. Afonso Celso Pastore também ocupou a presidência do Banco Central entre 1983 e 1985, no governo do ex-presidente João Figueiredo, durante o último período da ditadura militar. Sua atuação foi significativa nas negociações realizadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a respeito da dívida externa brasileira.
Nascido em São Paulo, em 19 de junho de 1939, filho de Francisco Pastore e Aparecida Pastore, ele fundou em 1993 a consultoria A. C. Pastore & Associados, especializada em análises da economia brasileira e internacional. Em 2021, ele retornou à cena política para assessorar o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que era pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos, mas meses depois Moro desistiu da disputa. Além de sua atuação na vida política, Pastore também foi autor de dezenas de livros, alguns em parcerias com outros economistas e outros em carreira solo. Entre suas obras está o livro “Erros do Passado, Soluções para o Futuro”, em que analisava os erros de política econômica cometidos a partir dos anos 1960.
O economista deixou um legado significativo que será lembrado por muitos. A sua contribuição para a economia brasileira é imensurável e sua partida deixa saudades, mas seu trabalho e sua memória continuarão presentes no cenário econômico brasileiro. A data e informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.