O aumento do IVA foi aprovado em fevereiro após a falta de acordo no Legislativo, onde a situação é minoritária. O presidente Daniel Noboa propôs inicialmente um aumento para 13%, mas agora a taxa chegará até 15% de acordo com as necessidades econômicas do país. O reajuste entrará em vigor em abril, após a publicação da lei no Registro Oficial, segundo o Ministério da Economia.
Segundo Vega, a alta de 15% resultará em uma arrecadação adicional de 1,3 bilhão de dólares (R$ 6,4 bilhões) para financiar o combate às quadrilhas criminosas associadas a cartéis internacionais de drogas. Além disso, o governo equatoriano preparou um plano para distribuir os subsídios dos combustíveis de forma diferenciada para quem mais precisar.
Porém, a possibilidade de eliminar os subsídios aos combustíveis já provocou violentas manifestações indígenas no passado. A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que já derrubou três governantes entre 1997 e 2005, pressionou os ex-presidentes do Equador, Lenín Moreno e Guillermo Lasso, quando estes anunciaram aumentos nos preços dos combustíveis.
Além disso, o governo equatoriano estima que o país crescerá apenas 0,8% este ano, diante de uma previsão de 2,6% para 2023. A inflação deverá atingir 2,1% e o déficit fiscal será de 4,8 bilhões de dólares (R$ 23,6 bilhões). O PIB de 2024 é estimado em 121,71 bilhões de dólares (R$ 599,99 bilhões).
Em meio a esse cenário econômico desafiador, o Equador busca medidas para combater o narcotráfico e também promover o desenvolvimento sustentável do país. A alta do IVA é uma dessas medidas, mas seu impacto sobre a população e a economia ainda não pode ser mensurado. Resta agora aguardar e observar como o aumento do imposto irá afetar a sociedade equatoriana nos próximos meses.