Este movimento é particularmente significativo, pois é raro ver membros do mesmo partido tentando impedir um ex-colega de concorrer a cargos públicos. A decisão da Suprema Corte do Colorado, que foi a favor da exclusão de Trump da lista para as primárias republicanas, representa uma vitória inicial para Anderson. A ação se baseou na invasão do Capitólio em janeiro de 2021 por apoiadores de Trump, que tentaram interromper a certificação da vitória de Joe Biden.
A alegação se baseia na terceira seção da 14ª emenda da Constituição, que veta a participação em “insurreição ou rebelião” após jurar defender a Carta Magna. No entanto, Trump contestou a decisão e o caso acabou nas mãos da Suprema Corte, que está prestes a se pronunciar sobre a questão antes das primárias republicanas no Colorado.
Trump, apesar de enfrentar uma série de processos judiciais, continua sendo um favorito nas pesquisas nacionais para as primárias republicanas. No entanto, a possibilidade de sua inabilitação gerou opiniões divergentes sobre as consequências que isso poderia ter para a democracia e para a corrida presidencial.
A questão levantada pelo caso de Anderson é se um estado pode determinar independentemente quem pode concorrer a cargos nas eleições presidenciais. A ex-deputada argumenta que esta é uma questão que deve ser decidida pelos estados, não pelo governo federal. Trump, por sua vez, a tem atacado publicamente, chamando-a de “republicana apenas de nome”, mas ela afirma ter recebido apoio em seu estado e no país.
Independentemente do resultado final, a tentativa de impedir Trump de concorrer novamente levantou questões importantes sobre o papel dos estados na determinação de quem pode participar das eleições presidenciais. A Suprema Corte está no centro deste debate, e sua decisão poderá ter um impacto significativo nas eleições vindouras.
