No caso, o advogado e político de 55 anos foi denunciado por três acusações: conspirar para produzir e importar drogas aos Estados Unidos, usar e portar armas no contexto do tráfico de drogas e conspirar para usar e portar armas no contexto do tráfico de drogas. A promotoria pede três condenações de prisão perpétua, além de mais 30 anos. Por sua vez, a defesa pede aos jurados que não acreditem em toda a acusação da promotoria, particularmente nas testemunhas principais que, por colaborar, verão suas penas amenizadas e agem “por vingança” contra Hernández.
As tensões só aumentam durante o julgamento, com a promotoria convocando como primeira testemunha José Sánchez, que denunciou ter visto Hernández e um sócio do irmão reunirem-se em duas ocasiões para falar de droga e proteger los envolvidos no tráfico. Sánchez afirmou que o ex-presidente havia dito ao sócio de Tony Hernández: “Vamos enfiar droga em seus narizes [americanos] e eles nem vão se dar conta.”
Enquanto isso, a defesa argumenta que, durante seu mandato, Hernández tomou medidas eficazes para enfrentar o tráfico de drogas e a violência, incluindo a promoção de dezenas de leis e a criação de uma força de combate ao tráfico. A defesa assegura que não se verá “nenhum vídeo de recebimento de dinheiro, nem e-mails, nem mensagens, nem nenhum sinal de riqueza pessoal” que confirme as acusações da promotoria.
Esse julgamento captura a atenção da opinião pública, preocupada com o possível envolvimento de um ex-presidente em atividades criminosas. A jornada jurídica que aguarda Hernández ainda promete revelações e tensões, e seu resultado pode mudar para sempre a trajetória de um dos líderes políticos mais importantes de Honduras.