Nada Bzioui, delegada sindical do Força Operária (FO), expressou determinação em relação à greve e destacou a falta de ação por parte da administração da torre. Ela afirmou que ficaria surpresa caso a Torre Eiffel abrisse suas portas na quinta-feira.
As negociações realizadas na terça-feira foram infrutíferas, já que a prefeitura não atendeu ao pedido dos sindicatos de incluir um representante do governo local no processo. A prefeitura detém 99% das ações da empresa responsável pela administração do monumento, conhecido como SETE.
A principal queixa dos sindicatos é o modelo de negócio “insustentável” imposto pela prefeitura, decorrente de um desequilíbrio entre os custos operacionais e o valor dos ingressos. A crise da COVID-19 agravou ainda mais essa situação, resultando em uma perda de 120 milhões de euros em entradas nos últimos dois anos.
A gestão financeira da Torre Eiffel foi impactada negativamente pela crise sanitária, que ocasionou a diminuição drástica do número de visitantes. Apesar de ter recebido mais de 6,3 milhões de pessoas em 2023, um número superior ao registrado em 2019, a perda de receita representou um golpe significativo.
Em um momento em que Paris se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2024, essa greve representa uma séria preocupação, já que a Torre Eiffel é um dos monumentos mais visitados do mundo. A cidade luz espera que as negociações entre os sindicatos e a prefeitura sejam bem-sucedidas para que o funcionamento da torre seja restabelecido o mais breve possível.