Knesset vota rejeição de reconhecimento unilateral de Estado Palestino e defende negociações diretas como única solução.

Israel rejeita unilateralmente o reconhecimento de um Estado Palestino

Na última quarta-feira, o Knesset, Parlamento israelense, votou a favor de rejeitar qualquer decisão unilateral de um Estado Palestino. A votação foi simbólica, mas demonstrou que dos 120 legisladores, 99 foram favoráveis à decisão. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu levou a “decisão declaratória” à votação no seu gabinete no domingo e aprovada unanimemente, segundo um comunicado. O governo israelense defende que qualquer acordo com os palestinos deve ocorrer por meio de negociações diretas entre as partes, sem condições prévias. No entanto, críticos argumentam que essa posição dá a Israel um direito unilateral de veto à criação de um Estado Palestino, conforme reportado pelo The Guardian.

O líder da oposição, Yair Lapid, e o ex-ministro da Defesa, Benny Gantz, apoiaram a medida, afirmando que esta “envia uma mensagem clara à comunidade internacional”. No entanto, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) criticou a decisão, acusando Israel de manter os direitos do povo palestino reféns através de assentamentos ilegais na região.

A votação ocorreu poucos dias depois de o Washington Post divulgar que os Estados Unidos estavam finalizando um plano de paz entre Israel e Palestina. O plano incluía um cessar-fogo de pelo menos seis semanas, a libertação de reféns feitos pelo Hamas e um calendário para o estabelecimento e reconhecimento de um Estado Palestino. No entanto, Netanyahu rejeitou qualquer reconhecimento internacional do novo Estado, afirmando que isso “recompensaria o terrorismo” em resposta ao massacre de outubro.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também defendeu a criação de um Estado palestino, ressaltando a importância da solução de dois Estados para uma convivência pacífica na região. No entanto, o governo Netanyahu, considerado o mais à direita e antiárabe da história de Israel, rejeita tal possibilidade.

Paralelamente à rejeição do reconhecimento de um Estado Palestino, o gabinete de guerra de Israel sinalizou a possibilidade de avançar com um novo acordo de libertação de reféns, embora as negociações ainda estejam em um impasse.

Portanto, a votação do Knesset sinaliza uma postura inflexível de Israel diante da possibilidade de reconhecimento de um Estado Palestino, intensificando a pressão sobre o governo dos EUA e parceiros para buscar uma solução negociada para o conflito na região. A situação segue em constante desenvolvimento, acompanhada de perto pela comunidade internacional.

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