Medicamentos: Associação alerta para os efeitos colaterais e orienta sobre o impacto na habilidade de dirigir.

A condução de veículos automotores requer habilidades de atenção, reflexo, concentração e coordenação motora. No entanto, o uso de certos medicamentos, mesmo para tratamento de doenças, pode afetar diretamente essas habilidades. A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) emitiu um alerta sobre os impactos de determinadas medicações na capacidade de dirigir.

A Abramet publicou uma diretriz de conduta médica que avalia o uso de diversos medicamentos, especialmente os que contêm substâncias psicoativas, e suas consequências para quem vai conduzir veículos. O documento enfatiza a relação entre o uso de medicamentos e o desempenho na condução veicular, destacando as classes de medicamentos que mais representam riscos nesse contexto.

O alerta da associação vai além da esfera médica, tendo como propósito orientar políticas públicas, bem como chamar a atenção para os cuidados que os pacientes devem ter ao assumirem a direção de um veículo. A entidade avalia ainda que os efeitos do uso de remédios sobre o ato de dirigir devem ser considerados pelas autoridades do Executivo e do Legislativo.

Em 2009, a Abramet chegou a recomendar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a utilização de um símbolo de alerta nas embalagens dos chamados Medicamentos Potencialmente Prejudiciais ao Condutor de Veículos Automotores. Essa preocupação foi baseada em dados que indicavam um aumento no consumo de remédios pela população brasileira, o que poderia influenciar diretamente nos índices de acidentes de trânsito.

A entidade destaca a falta de uma legislação que aborde os riscos da interface entre medicamentos e a direção de veículos, e enfatiza a importância de orientações claras e eficazes não apenas para os médicos do tráfego, mas também para os demais profissionais de saúde que prescrevem medicamentos e para os próprios motoristas que fazem uso dessas medicações.

A Abramet aponta também as classes de medicamentos e seus respectivos efeitos prejudiciais à direção, oferecendo orientações tanto para os médicos do tráfego, quanto para os médicos que prescrevem as medicações e para os próprios motoristas usuários desse tipo de medicamento. O alerta final é para os condutores, que devem estar cientes de que certos medicamentos podem afetar a capacidade de dirigir e, portanto, é fundamental questionar sempre o médico sobre os possíveis efeitos do medicamento na direção veicular.

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