Ministério da Justiça determina reforço na vigilância em penitenciárias federais após fuga de detentos de alta periculosidade.

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), emitiu uma ordem determinando que as diretorias das cinco penitenciárias federais em operação no Brasil reforcem a vigilância nas unidades, consideradas de segurança máxima.

Entre as medidas estabelecidas pela Senappen está a realização de revistas diárias em celas, pátios e outros espaços dos presídios localizados em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Além disso, o número de policiais penais deverá ser reforçado, de acordo com o ministério.

Outras providências incluem a necessidade de melhoria na iluminação no interior das celas e em pontos estratégicos das unidades, onde será necessário instalar mais refletores, lâmpadas e luminárias. Também está prevista a melhoria do sistema de videomonitoramento e a identificação de estruturas por onde os presos possam tentar escapar, como dutos, tubulações e sistemas de ventilação e elétrico.

As determinações foram emitidas na terça-feira (20) e tornadas públicas posteriormente. O objetivo das ações é evitar novas fugas, como a que aconteceu em Mossoró na semana passada, onde dois detentos, apontados como membros de uma facção criminosa, conseguiram escapar da unidade.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram da penitenciária potiguar no último dia 14 e até o momento não foram recapturados. Cerca de 600 agentes de segurança estão envolvidos nas buscas aos fugitivos. Processo administrativo e inquérito da Polícia Federal (PF) foram instaurados para apurar as circunstâncias e responsabilidades. Esta foi a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal desde que o sistema foi criado em 2006.

No dia seguinte à fuga, o ministro Ricardo Lewandowski anunciou uma série de medidas para modernizar o sistema de videomonitoramento, aperfeiçoar o controle de acesso às unidades, inclusive com reconhecimento facial, e ampliar os sistemas de alarmes e sensores de presença.

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