Morre aos 84 anos o renomado economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, e figura ativa na política brasileira.

É com pesar que o Brasil noticia o falecimento do economista Affonso Celso Pastore, aos 84 anos. Internado para passar por uma cirurgia, no último sábado, ele não resistiu e veio a óbito nesta quarta-feira, 21, em São Paulo. Com graduação e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Pastore era um dos economistas mais renomados do país.

Sua carreira na vida pública começou em 1966, quando atuou como assessor de Antônio Delfim Neto, na época secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. No ano seguinte, com a nomeação de Delfim como ministro da Fazenda, Pastore passou a fazer parte da equipe de assessores. Ele também foi presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, durante o governo de João Figueiredo, participando ativamente das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa brasileira.

Nascido em São Paulo no dia 19 de junho de 1939, ele fundou em 1993 a consultoria A. C. Pastore & Associados, especializada em análises da economia brasileira e internacional. Posteriormente, em 2021, Pastore voltou à cena política para assessorar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que naquele momento era pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.

Além de sua atuação na vida pública, Pastore também foi autor de dezenas de livros sobre economia, escritos tanto em parcerias quanto de forma solo. Entre suas obras, destaca-se o livro “Erros do Passado, Soluções para o Futuro”, no qual analisa os erros de política econômica cometidos a partir dos anos 1960. Em 2020, o economista foi homenageado em um livro com nove artigos e uma entrevista inédita, destacando seu percurso intelectual e seu legado.

Affonso Celso Pastore deixa um legado significativo para a economia e a política brasileira, sendo lembrado por sua contribuição acadêmica e de assessoria política. Sua memória continuará viva por meio de suas publicações e seu trabalho influente no cenário nacional. A economia e o conhecimento acadêmico do país perdem uma de suas figuras mais proeminentes com seu falecimento. Sua contribuição será lembrada e celebrada por aqueles que valorizam a importância da análise econômica e do compromisso com a transparência e a integridade nas políticas públicas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo