Parlamento israelense aprova resolução contra reconhecimento unilateral do Estado palestino em meio a planos de paz global

Na tarde de quarta-feira, o Parlamento israelense aprovou uma resolução proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contra o reconhecimento unilateral de um Estado palestino. A votação, que teve ampla maioria, de acordo com fontes israelenses, ocorreu dias após o jornal The Washington Post noticiar que os Estados Unidos e países árabes estariam elaborando um plano global de paz, prevendo a criação de um Estado palestino após o fim dos conflitos entre Israel e o movimento islamista Hamas em Gaza.

A resolução aprovada por 99 dos 120 deputados do Parlamento ressalta a rejeição de Israel a resoluções internacionais sobre uma solução permanente com os palestinos, enfatizando que essa solução só poderá ser alcançada por meio de negociações diretas entre as partes e sem condições prévias. Além disso, a resolução afirma que Israel continuará se opondo ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino, considerando que isso recompensaria o “terrorismo sem precedentes” do Hamas e prejudicaria qualquer acordo de paz futuro.

Segundo a proposta apresentada por Netanyahu, “não recompensaremos o terrorismo com um reconhecimento unilateral em resposta ao massacre de 7 de outubro, da mesma forma que não aceitaremos soluções impostas”. A guerra desencadeada em 7 de outubro pelos ataques do Hamas, que deixaram mais de 1.160 mortos, foi enfrentada por Israel com uma campanha de bombardeios e uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza, resultando em 29.313 mortes, na sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino.

Por sua vez, o plano que está sendo elaborado pelo governo do presidente Joe Biden e países árabes aliados dos Estados Unidos prevê um cessar-fogo de pelo menos seis semanas em Gaza, a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas e um cronograma para a criação de um Estado palestino. Segundo o The Washington Post, espera-se que um acordo seja alcançado antes do início do Ramadã em março.

Em meio a esse cenário, discute-se ainda a possibilidade de condenação de PMs pelo assassinato de um jovem e a participação do irmão de Joe Biden em uma investigação de republicanos sobre o presidente dos Estados Unidos. Esses e outros temas podem ser acessados diretamente no site da Folha de Pernambuco.

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