Nessa fase inicial, a Petrobras e o BNDES vão identificar os setores mais promissores para esse tipo de investimento, considerando temas relacionados à transição energética. Esse projeto é parte de um acordo de cooperação técnica assinado entre as duas entidades em julho do ano passado e tem vigência de 4 anos.
O fundo seguirá as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e terá um gestor independente, escolhido por meio de edital público, com autonomia para decisões e investimentos. Ambas as entidades têm como objetivo originação de negócios, desenvolvimento de fornecedores e mercados e inteligência tecnológica. O plano estratégico da Petrobras prevê um montante de US$ 100 milhões, aproximadamente R$ 500 milhões, para a estratégia de investimentos em capital de risco corporativo até 2028.
Em comunicado, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, ressaltou que a parceria “servirá de alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono”, em linha com estratégicas divulgadas no plano estratégico 2024-2028. Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, destacou a complementaridade entre o investimento em CVC e as pesquisas desenvolvidas dentro da empresa.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, investir em transição energética e em inovação é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Ele destacou que o capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras e ressaltou a importância do envolvimento de grandes empresas públicas, como o BNDES e a Petrobras, para estimular novos saltos tecnológicos no país.