Professores da UFF desenvolvem algoritmo para otimizar alocação de quartos em hospitais, melhorando logística de internação.

Pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveram um algoritmo que promete otimizar a alocação de quartos e leitos em hospitais. O objetivo é resolver os problemas logísticos decorrentes do corre-corre diário das unidades de saúde, com a chegada e saída contínua de pacientes. A iniciativa, liderada pelos professores Simone de Lima Martins e Fábio Protti, visa facilitar a distribuição de pacientes, minimizando atrasos, inconsistências e trocas de quartos.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor Fábio Protti explicou que a alocação manual de pacientes em hospitais grandes gera ineficiências e uma série de desafios. Com base nessa constatação, os pesquisadores identificaram gargalos no sistema de alocação e criaram um modelo baseado em algoritmo para automatizar a distribuição de quartos e leitos de forma rápida e eficiente, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar dos avanços alcançados, ainda é necessário obter um acordo formal entre a UFF e o SUS para a aplicação prática do algoritmo. O professor destacou a importância de estabelecer convênios com hospitais, a fim de realizar testes e ajustes necessários. “Estamos em busca desses convênios”, ressaltou Protti.

O algoritmo leva em consideração o perfil dos pacientes, suas necessidades e características pessoais, assim como as particularidades dos leitos e quartos disponíveis. Segundo Fábio Protti, a alocação de pacientes leva em conta as recomendações de gênero e evita transferências desnecessárias, visando minimizar penalidades decorrentes de alocações inadequadas.

A expectativa é que o sistema automatizado facilite o trabalho dos operadores, agilize a alocação de pacientes e reduza o tempo de espera por leitos. Contudo, o pesquisador frisou que é essencial manter o sistema atualizado em tempo real e alimentá-lo com informações precisas sobre os pacientes e as características dos quartos.

Atualmente, os pesquisadores estão aperfeiçoando o algoritmo e os resultados obtidos, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O próximo passo é iniciar os testes práticos em hospitais, visando a validação e implementação efetiva do sistema de alocação automatizada.

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