A Gás Verde atuava no processamento do biogás obtido a partir dos resíduos depositados em Jardim Gramacho, porém, de acordo com o Inea, a empresa foi responsabilizada pela poluição do Rio Sarapuí e do manguezal localizado na região devido ao vazamento de chorume, líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado no processo de decomposição de resíduos orgânicos.
O Grupo Urca, que adquiriu a Gás Verde em janeiro de 2022, se posicionou em nota afirmando que as atividades da empresa no aterro de Jardim Gramacho foram encerradas em 2020 e que a multa não tem relação com a atual gestão. A nota também mencionou que o processo segue em andamento e que qualquer decisão será executada de acordo com a determinação judicial.
O aterro de Jardim Gramacho, que já foi considerado o maior lixão da América Latina, teve suas operações iniciadas como aterro controlado em 1996, mas ao longo dos anos apresentou diversos problemas e foi desativado em 2012. Apesar disso, a área continuou a receber resíduos devido à falta de fiscalização, inclusive por grupos criminosos, aumentando o risco ambiental na região.
Portanto, a decisão do TJRJ de manter a multa emitida pelo vazamento de chorume no aterro de Jardim Gramacho ressalta a importância da responsabilidade das empresas no processamento e descarte correto de resíduos, visando a preservação do meio ambiente e a prevenção da poluição de recursos hídricos e áreas naturais ao seu redor.